terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O que é amar?

Retirado do livro Namoro do professor Felipe Aquino, editora Cléofas.

O namoro é um aprendizado do amor. Fomos criados para viver o amor. Sem ele o homem e a mulher não podem ser felizes. Mas, afinal, o que é amar? O que leva muitos casamentos ao fracasso é a noção falsa que se tem do amor hoje. Há no ar uma “caricatura” do amor. Se eu lhe der uma nota de cem reais falsa, você não aceitará, pois ela não vale nada, e você ainda poderia ser incriminado por causa dela. Se você construir uma casa usando cimento falsificado, cuidado por que ela poderá desabar sobre a sua cabeça. Se você levar para o casamento um amor falso, ele certamente desabará, pois o “cimento” da união é o amor. Para mostrar bem claro o que é amar, vamos iniciar mostrando o que não é amar. Amor não egoísmo; isto é, preferência por mim, mas pelo outro. Se você come uma fruta com gosto, não pode dizer que a ama. Se você treme de paixão diante de uma menina, e lhe diz : “eu te amo”, esteja certo de que você está mentindo, pois esta tremedeira é sinal de que você quer saciar o seu ego desejoso de prazer. Isto não é amor, é paixão carnal, é egoísmo. Se você está encantada com a beleza dele e se desdobra em declarar o seu amor por ele, saiba que isto também não é ainda amor, pois amor não é pura emoção ou sentimento

Amar é muito mais do que isso, pois não é satisfazer a si mesmo, mas ao outro. Quando você disser a alguém “eu te amo”, esteja certo de que você não quer a sua própria satisfação ou felicidade, mas a do outro. Cuidado com as “caricaturas” do amor porque são falsas, e não podem fazer a felicidade do casal. Todo jovem tem sede de amar, mas muitas vezes o seu amor é mascarado e se apresenta falso e perigoso. Amar não é apoderar-se do outro para satisfazer-se; é o contrário, é dar-se ao outro para completá-lo. E para isto é preciso que você se renuncie, se esqueça.Você corre o risco de, insatisfeito, querer apaixonadamente agarrar aquilo que lhe falta; e isto não é amar. Assim o amor morre nas suas mãos. Você só começará a compreender o que é amar, quando a sua vontade de fazer o bem ao outro for maior do que a sua necessidade de tomá-lo só para si, para satisfazer-se.São precisos oito anos para formar um médico, dez anos para se defender uma tese de doutorado. Para amar de verdade, será preciso uma longa preparação, porque somos egoístas. Sabemos, que a pressa é inimiga da perfeição. Há um provérbio chinês que ensina que tudo aquilo que quisermos construir sem contar com o tempo, ele mesmo se incumbe de destruir. Se você pintar uma parede que ainda está molhada, vai perder o serviço e a tinta. Se você tirar a comida do fogo antes de cozinhá-la, você vai comê-la ainda crua. Se você não aprender de verdade a amar, poderá construir um lar oscilante e de paredes frágeis, que poderão não suportar o peso do telhado.
As paixões sensíveis da adolescência não são o autêntico amor, mas a perturbação de um jovem que encontra diante de si os encantos e a novidade da masculinidade ou da feminilidade. É fácil entender que aqueles que quiserem construir um lar sobre este chão de emoções, estarão construindo uma casa sobre a areia. Muitos casamentos desabaram porque foram realizados “às cegas”, sem preparação para que houvesse harmonia, sem o aprendizado do amor. Amar é dar-se, ensina´nos Michel Quoist. É dar a si mesmo ao outro para completá-lo e construí-lo. Mas para que você possa verdadeiramente dar-se a alguém, você precisa primeiro “possuir-se”. Ninguém pode dar o que não possui. Se você não se possui, se não tem o domínio de si mesmo, como, então, você quer dar-se a alguém? Como você quer amar? A aspiração mais profunda do homem é amar, é a sua “razão de ser” ; mas há muitos mal-entendidos sobre o amor. O amor é hoje uma palavra tão mal usada, tão gasta, que é preciso ser redefinida para ser autêntica. O maior engano que existe hoje sobre o amor, é que, na maioria das vezes, quando alguém fala que está amando, na verdade está amando a si mesmo. Isto não é amor; é egoísmo.Há muitas “miragens” do amor. 
Se o seu coração bate acelerado diante de alguém que o atrai, isto é sensibilidade, não chame ainda de amor. Se você perdeu o controle e se entregou a ele, isto é fraqueza, não chame isto ainda de amor. Se você está encantada com a cultura dele, fascinada pela sua bela carreira, e já não consegue mais ficar sem a conversa dele, isto é admiração, ainda não é amor. Mesmo que você esteja até às lágrimas, diante de um fato chocante, isto é mais sensibilidade do que amor. Amar não é “ser fisgado” por alguém, “possuir” alguém, ou ter afeição sensível por ele, ou mesmo render-se a alguém. Amar é, livre e conscientemente, dar-se a alguém para completá-lo e construí-lo. E isto é mais do que um impulso sensível do coração; é uma decisão da razão. Por isso, amar é um longo aprendizado, não é uma aventura como a maioria pensa. Não se aprende a amar trocando a cada dia de parceiro, mas aprendendo a respeitar o mesmo, tanto no corpo quanto na alma. Amar é uma decisão. E a decisão não é tomada apenas com o coração, empurrado pela sensibilidade. A decisão é tomada com a razão. Amar não é um ato intuitivo, mecânico, é uma decisão livre e consciente. É um ato da vontade, do querer. Para amar é preciso aceitar “perder-se”, esquecer-se, não voltar a si mesmo. É claro que a sensibilidade ajuda você a sair de si mesmo, mas ela não é suficiente para levá-lo a amar. A admiração pelo outro, a afeição, empurram você para ele, mas isto ainda não é amor. Lembre-se, o amor é como uma via de mão única, que sai de você e vai até o outro. Esta é a verdadeira avenida do amor.
É preciso estar sempre atento para não andar na contramão nesta avenida. Isto ocorre quando você está pensando só em você mesmo, se apossando das coisas ou da pessoa do outro, para satisfazer-se. São João Bosco, o grande educador dos jovens, ensinava-lhes que “Deus nos colocou neste mundo para os outros. É o sentido da vida. É o amor! Não existe outra maneira de ser verdadeiramente feliz. A felicidade verdadeira se constrói quando fazemos o outro feliz; quando amamos. Ela é o prêmio da virtude. E a virtude que gera o verdadeiro amor é a renúncia a si mesmo. Quando você agarra um objeto ou uma pessoa só para você, o amor morre em suas mãos; pois o apego é o oposto do amor. Você precisa ter a coragem de examinar a autenticidade do seu amor. Quando quisermos saber se estamos amando de fato, façamos então estas perguntas a nós mesmos: estou me renunciando? Estou esquecendo-me? Estou dando-me? Se a resposta for afirmativa, esteja certo da presença do amor em sua vida. Muito mais do que dar coisas, presentes, abraços, beijos, amar é dar de si mesmo, integralmente, desinteressadamente. Você precisa desenvolver bem os seus talentos exatamente para que possa dá-los aos outros e servi-los melhor. Quando amamos de verdade, nos tornamos livres de fato, pois o amor nos liberta de nós mesmos e das coisas que nos amarram. O seu egoísmo é o seu tirano! É claro que amar não é fácil. É fácil viver as caricaturas do amor, mas o autêntico amor é exigente. A autenticidade do amor se verifica pela cruz. 

Todo amor verdadeiro traz o sinal do sacrifício. E é através desse sinal que você identifica o verdadeiro amor e o falso. Não há amor sem renúncia. Depois que o pecado entrou em nossa história, amar tornou-se uma “imolação a si mesmo”, uma verdadeira crucificação própria. Mas os seus frutos são doces. Não foi isto que Jesus nos ensinou? Ele veio a nós para ensinar o amor. A sua lição foi esta: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). Ele se apresentou como o “modelo” do verdadeiro amor. Não apenas Ele mandou amar, mas amar “como Eu vos amo”. E como Ele nos amou? Até à cruz! Antes de abraçá-la, Ele disse aos discípulos: “Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida pelos seus amigos” (Jo 15,12). Esta é a definição divina do amor: “dar a vida”. Isto não quer dizer que para você amar alguém, terá que morrer na cruz por ele, ou morrer de alguma outra forma. Isto significa que você deva “dar a sua vida” pelo outro, até a morte, isto é, o seu tempo, o seu dinheiro, a sua presença, etc. ..., e tudo isto desinteressadamente. Se houver uma “segunda intenção” em nosso amor por alguém, ele deixa imediatamente de ser puro, e morre. A grandeza do amor é a sua gratuidade. No “hino ao amor” (1Cor 13), São Paulo ensina que o “amor não busca o seu próprio interesse”. Este é o verdadeiro amor que sustenta o casamento e a família. O resto é caricatura do amor, miragens falsas e perigosas. Nada mais perigoso do que colocar o amor falsificado na base do casamento, pois ele não sustentará o lar. Todas as grandes obras realizadas neste mundo foram projetos de um amor verdadeiro.

Quando se planta amor, se colhe amor, ensinava São João da Cruz. Muitas vezes você pode ter reclamado de que não recebeu amor, mas será que você semeou amor ali naquele lugar? Se você amar gratuitamente, receberá tudo de volta. Se nos apegarmos ciosamente a nós mesmos e às criaturas, acabaremos perdendo tudo. O mesmo São João da Cruz ensina a “dar tudo pelo Tudo”. Quando aceitamos dar tudo, e não reter nada, o próprio Deus se dará a nós. Se você quiser experimentar a verdadeira felicidade, terá então que dar esse passo difícil, de correr o risco, da renúncia no vazio da noite, da caminhada em direção à morte do ego. E tudo isto dará a você a vida. É difícil se desvencilhar dos amores falsos, porque eles são “lucrativos” , trazem o prazer momentâneo e a satisfação para o ego, mas tudo isto passa rápido, e acaba deixando gosto de morte. Somos enganados e seduzidos pelos amores falsos exatamente pela recompensa imediata que eles nos oferecem. Mas é preciso que você saiba que as suas recompensas são efêmeras e se dissipam como bolhas de sabão. Quanto mais você souber dar-se mais saberá amar. E quanto mais você amar, mais feliz será. 

Quando você se dá a alguém, total e gratuitamente, esta pessoa o enriquece, pois o amor faz crescer aquele que ama. Quando você ama alguém de verdade, descobre os tesouros desta pessoa e se enriquece com os talentos dela. E isto vai até o infinito... Alguém já disse que “o mundo pode ser salvo pela vitória do amor”. Mas este amor precisa ser autêntico, gratuito e desinteressado, porque o amor falso, as suas miragens (egoísmo, amor-próprio) só geram a tristeza, a decepção, o envelhecimento e o fracasso. Quando você ama de verdade, não só se abre para outro, mas se abre para Deus, pois “Deus é amor”. “Se nos amarmos mutuamente, Deus permanece em nós e o seu amor em nós é perfeito” (1Jo 7,12). “Aquele que não ama não conhece a Deus porque Deus é amor” (1Jo 4,8). Para que o seu namoro seja rico é preciso basear-se neste amor que é doação de si mesmo para construir o outro. Se não houver amor, não haverá crescimento mútuo, e será tempo perdido. O seu namoro só terá sentido se for um aprendizado do autêntico amor. O amor tem muitas faces: a compreensão, a aceitação do outro, o perdão, a busca da verdade, a paciência, a sinceridade, a fidelidade, a bondade, o perdão, e tudo que faz o outro crescer.]



Qual é a importância de silenciar para encontrar Deus?



(Fonte: CN- Musica)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Conversão de São Paulo

O apóstolo dos gentios e das nações nasceu em Tarso. Da tribo de Benjamim, era judeu de nação. Tarso era mais do que uma colônia de Roma, era um município. Logo, ele recebeu também o título de cidadão romano. O seu pai pertencia à seita dos fariseus. Foi neste ambiente, em meio a tantos títulos e adversidades, que ele foi crescendo e buscando a Palavra de Deus.

Combatente dos vícios, foi um homem fiel a Deus. Paulo de Tarso foi estudar na escola de Gamaliel, em Jerusalém, para aprofundar-se no conhecimento da lei, buscando colocá-la em prática. Nessa época, conheceu o Cristianismo, que era tido como um seita na época. Tornou-se, então, um grande inimigo dessa religião e dos seguidores desta. Tanto que a Palavra de Deus testemunha que, na morte de Santo Estevão, primeiro mártir da Igreja, ele fez questão de segurar as capas daqueles que o [Santo Estevão] apedrejam, como uma atitude de aprovação. Autorizado, buscava identificar cristãos, prendê-los, enfim, acabar com o Cristianismo. O intrigante é que ele pensava estar agradando a Deus. Ele fazia seu trabalho por zelo, mas de maneira violenta, sem discernimento. Era um fariseu que buscava a verdade, mas fechado à Verdade Encarnada. Mas Nosso Senhor veio para salvar todos.

Encontramos, no capítulo 9 dos Atos dos Apóstolos, o testemunho: "Enquanto isso, Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Apresentou-se ao príncipe dos sacerdotes e pediu-lhes cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de levar presos, a Jerusalém, todos os homens e mulheres que seguissem essa doutrina. Durante a viagem, estando já em Damasco, subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: 'Saulo, Saulo, por que me persegues?'. Saulo então diz: 'Quem és, Senhor?'. Respondeu Ele: 'Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro te é recalcitrar contra o aguilhão'. Trêmulo e atônito, disse Saulo: 'Senhor, que queres que eu faça?' respondeu-lhe o Senhor: 'Levanta-te, entra na cidade, aí te será dito o que deves fazer'"

O interessante é que o batismo de Saulo é apresentado por Ananias, um cristão comum, mas dócil ao Espírito Santo.

Hoje estamos comemorando o testemunho de conversão de São Paulo. Sua primeira pregação foi feita em Damasco. Muitos não acreditaram em sua mudança, mas ele perseverou e se abriu à vontade de Deus, por isso se tornou um grande apóstolo da Igreja, modelo de todos os cristãos. 

São Paulo de Tarso, rogai por nós!



sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Quem tem medo de sexta-feira 13?

Há quem sinta calafrios...

Há quem sinta calafrios ao verificar que no amanhecer do novo dia o calendário marca sexta-feira 13. A superstição faz parte do folclore e existem muitas acerca desta data.
Como ingrediente folclórico, tais superstições foram ricamente utilizadas para ilustrar as histórias contadas por nossos avós.
Algumas pessoas têm medo de gato preto, de passar debaixo de escadas, sair da cama pisando com o pé esquerdo e, há outras ainda que acreditam que uma pata de coelho possa trazer-lhes sorte. Se isso fosse verdade, o coelho seria o animal de mais sorte na face da terra! Afinal, se uma pata de coelho trouxesse sorte, imaginemos quão "afortunado" deveria ser este animal tendo quatro delas!
Alguns tentam, a partir de seus apegos exagerados, projetar o futuro fundamentado em eventos ou em sinais casuais. Para aqueles que temendo o desconhecido, buscam personagens folclóricos, podem correr o risco de encontrar sacis-pererês no centro dos rodamoinhos ou sair numa caça sem precedente aos gatos pretos.
Falamos de um dia específico, em que a crença do mau agouro o teria escolhido para habitar. Muitas situações de dificuldades foram vividas e tampouco foram marcadas pela sexta-feira 13. Dentro dessa perspectiva teria este "dia de azar" se confundido na matemática dos cálculos, quando aconteceram os ataques de 11 de setembro contra o World Trade Center? Estaria ainda o gato preto atordoado ou perdido, que ainda circula nas regiões de conflitos no Oriente?
Buscamos por dias melhores, protegidos de todos as maldades e dificuldades que nos rodeiam, mas cremos não em uma proteção depositada em amuletos, mas na confiança da certeza de que "Como Jerusalém está toda cercada de montanhas, assim o Senhor envolve Seu povo, agora e sempre" (Salmo 125:2).
Assim, a sexta-feira 13 poderá no máximo, continuar contribuindo para a elaboração de cenários das histórias que, embalados pelo brilho da "lua cheia", fluirão nas imaginações de alguns contadores de fantásticas fantasias.
Que Deus abençoe todos os seus dias!
Dado Moura

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Amar não é fácil

Não se ama por ser fácil, ama-se porque é preciso!

Se amar fosse fácil, não haveria tanta gente amando mal, nem tanta gente mal-amada. 
Se amar fosse fácil, não haveria tanta fome, nem tantas guerras, nem gente sem sobrenome. 
Se amar fosse fácil, não haveria crianças nas ruas sem ter ninguém, nem haveria orfanatos, porque as famílias serenas adotariam mais filhos, nem filhos mal concebidos, nem esposas mal-amadas, nem mixês, nem prostitutas. E nunca ninguém negaria o que jurou num altar, nem haveria divórcio, nem desquite, jamais...

Se amar fosse tão fácil, não haveria assaltantes e as mulheres gestantes não tirariam seu feto, nem haveria assassinos, nem preços exorbitantes, nem os que ganham demais, nem os que ganham de menos. 

Se amar fosse tão fácil nem soldados haveria, pois ninguém agrediria, no máximo ajudariam no combate ao cão feroz. Mas o amor é sentimento que depende de um 'eu quero', seguido de um 'eu espero'; e a vontade é rebelde, o homem, um egoísta que maximiza seu 'eu' por isso, o amor é difícil. 

Jesus Cristo não brincava quando nos mandou amar. E quando morreu, amando, deu a suprema lição. Não se ama por ser fácil, ama-se porque é preciso!

Pe. José Fernandes de Oliveira - Pe. Zezinho, scj

O peso da glória

Certo guerreiro recebia uma medalha por cada batalha ganha. Os amigos admiravam sua coragem, e as mulheres adoravam seu carisma.
No final de alguns anos, as medalhas eram tantas que cobriam todo o seu uniforme. Numa tarde, no meio de um combate difícil, o guerreiro quase foi atingido pela espada de seu inimigo.
“Sempre fui o melhor, e hoje quase perdi”, pensou o guerreiro.
Mas logo percebeu o problema: o peso das medalhas não o deixava lutar com agilidade. Jogou a túnica do uniforme no chão, voltou ao campo de batalha, e derrotou seus inimigos.
“A vitória pode me dar confiança, mas não pode se transformar em um peso a ser carregado”.
(Fonte: G1- Paulo Coelho)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Já sei namorar?!...

E aí galera, vocês também entraram nessa de andar cantarolando: “Já sei namorar”? De uma forma ou de outra, estamos metidos “na onda”, ainda que sem perceber. E sabem como? Primeiro, vem aquela fase do “tenho que aprender a beijar”, ou seja, “beijar muitoooooo”, e assim vamos seguindo os instintos, sem fazer uma leitura um pouquinho mais apurada de nós mesmos. Contando, é claro, com o incentivo da onda do momento. 


Desta forma, nossos relacionamentos vão se tornando um verdadeiro copinho descartável – só serve uns minutos, naquela noite, depois... LIXO!!! Então, vamos tornando nossa afetividade uma lixeira sem perceber. E ninguém pára, vai apenas acumulado “restos estragados” que não servem nem para olhar quanto mais para tirar boas coisas, aprendizado, amadurecimento. 


Na verdade, sorrateiramente, buscamos no namoro apenas o prazer, privando-nos assim da beleza de uma experiência do autêntico amor humano, dom de Deus para as nossas vidas. Daí surgem as competições entre homens e mulheres, a mentalidade de que temos que tirar proveito do outro. Um ALERTA, infelizmente esse tipo de relacionamento não faz ninguém feliz, por isso não é o que Deus quer para nós. Se liga, meu! (como dizem os paulistas). 


No fundo, todos querem um namoro legal – com uma pessoa “gente boa” – através do qual, juntos, se possa crescer e ser feliz. Para isso, um bom início é pedir o auxílio do Espírito Santo, que nos liberte de toda mentalidade distorcida, dos apegos a coisas tão pequenas como aparência ou dinheiro, carro, etc. Dentro de todo mundo rola esse negócio de medo, mil pensamentos, reservas, “será que vou me ferir de novo?”, “meu negócio é ser de todo mundo e todo mundo é de ninguém” (?). Seja amigo de Deus, como São José foi, e olha só com quem ele se casou: a mulher mais perfeita que o mundo já conheceu. Que o amava, mesmo sabendo que ele era pecador. 


Não se pode esquecer que é preciso cultivar a amizade, até os estudiosos dizem isso. É através da amizade que vamos nos conhecendo reciprocamente, não se ama o que não se conhece. Vamos descobrindo a riqueza que é o outro e revelando a nossa. Então, o sentimento começa a tomar forma; e a nossa razão, livre dos enganos das paixões, vai nos fazendo discernir o que realmente sentimos um pelo outro. Isso, unido à oração – para colhermos o tempo de Deus juntos – é show de bola. 


Deus é amor, portanto, para amar é preciso ficar grudado em Deus, que transforma o egoísmo em altruísmo. Para que a gratuidade das delicadezas e a feliz renúncia encontre um lugar em nossas vidas. Nossa Senhora, para todo namoro autenticamente cristão, será uma força, na castidade e nos desafios do dia-a-dia. Não é fácil, mas com os dons que Deus nos dá, poderemos ser essa luz que brilha no mundo e “nadar contra a correnteza”, fazendo as coisas de modo diferente da maioria das pessoas. Amor também é criatividade, espontaneidade, é disso que surgem as pequenas alegrias, que vão embelezando e dando prazer à vida. 

Precisamos de santos 


“Precisamos de santos que estejam no mundo e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos.” (Papa João Paulo II). 

Precisamos de santos sem véu ou batina. 
Precisamos de santos de calças jeans e tênis. 
Precisamos de santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com amigos. 
Precisamos de santos que coloquem Deus em primeiro lugar e que se “lascam” na faculdade. 
Precisamos de santos que tenham tempo diário para a oração e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade. 
Precisamos de santos modernos, santos do século XXI, com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.
Precisamos de santos comprometidos com os pobres e com as necessárias mudanças sociais. 
Precisamos de santos que vivam no mundo, que se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo. 
Precisamos de santos que bebam coca-cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas. 
Precisamos de santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar uma cervejinha ou comer uma pizza nos fim-de-semana com os amigos. 
Precisamos de santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança. 
Precisamos de santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.

(Fonte: Comunidade Católica Shalom)

sábado, 7 de janeiro de 2012

Documento de Aparecida

Não temos outra felicidade nem outra prioridade senão a
de sermos instrumentos do Espírito de Deus na Igreja, para que
Jesus Cristo seja encontrado, seguido, amado, adorado, anunciado e comunicado a todos, não obstante todas as dificuldades
e resistências. Este é o melhor serviço – o seu serviço! – que a
Igreja deve oferecer às pessoas e nações.

(Doc. de Aparecida n°14)

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Maria, a escolhida.

Maria foi a mulher escolhida por Deus. Para dar a vida a Jesus, o primogênito, o Filho do Altissimo (Lucas 1,32). Ela concebeu-o sem pecado original e a todo momento, desde o que o anjo do Senhor veio lhe anunciar que seria a mão do Salvador, mesmo temendo, ela confiou e foi até o fim, obedecendo a vontade de Deus. Tendo fé, que tudo iria dar certo. Glorificando a Deus em todos os momentos (Lucas 1,46). E Maria intercedeu, pela vida do seu filho, Jesus. Ajudando-o a fazer a vontade, não a dela, e sim a de Deus (João 2,1) Mesmo muitas vezes não entendendo o que Jesus dizia, guardava as palavras em seu coração, sem fazer nenhuma pergunta ou exigência (Lucas 20 50-51). Permaneceu com Jesus até o fim. Mesmo não aceitando, sofreu, vendo seu filho sendo crucificado injustamente (João 19,25).

Uma mulher que foi e é exemplo até hoje, de companheira, de obediência e de paciência também. Era temente a Deus, disse seu SIM a Ele (Lucas 1,38), mesmo não compreendendo e não sabendo do que iria passar dali pra frente. Mas, esperou, confiou, teve fé, enfim, amou. Ela foi elevada aos céus (Ap. 12,1-18) para a glória de Deus Pai.

Maria foi a mulher que compreendeu que a glória não é fazer o nome dela conhecido e sim o de Deus.

Que hoje e sempre, aprendemos com a Virgem Maria!!!

Deus abençoe você.